OSTEOPATIA PEDIÁTRICA

Um dos princípios mais importantes da Osteopatia é a ideia de que o corpo é um sistema integrado e indivisível, “um todo”, que possui uma capacidade de auto cura e este mecanismo pode e deve ser tido em conta e utilizado no processo do tratamento osteopático. Nenhuma parte do corpo funciona, ou pode ser considerada, isoladamente. Aspetos psicológicos e sociais relevantes também devem fazer parte do processo de diagnóstico e da história clínica do paciente.
Os problemas de saúde que surgem no nascimento e nos primeiros anos de vida poderão influenciar a saúde da criança e no desenvolvimento do adulto.
O parto pode ser considerado como o “primeiro traumatismo”, particularmente quando muito longo, muito rápido ou instrumentalizado com ventosas ou fórceps.
Muitos bebés podem apresentar torcicolos congénitos, transtornos digestivos, plagiocefalias (síndrome de cabeça plana), problemas de sono, entre outras disfunções.
Estes transtornos de saúde e do quotidiano podem estar relacionados a uma má posição do feto no útero, às manobras durante o parto e muitas vezes relacionado com as sensações que os pais passaram para o bebé durante a gestação.
No momento do nascimento, o recém-nascido é submetido à diversas tensões, no crânio, na coluna vertebral e nos membros, apesar do parto muitas vezes acontecer normalmente.
Durante o parto, o crânio do bebé suporta as contrações uterinas. Na passagem pela pelve da mãe, o crânio, muito maleável, deforma-se para passar no colo do útero. Estas diferentes pressões são úteis e necessárias ao bom desenvolvimento do crânio do bebé. Porém quando em excesso podem provocar diferentes deformações e consequentemente algumas disfunções, pois muitos nervos passam pelos forames cranianos.
A atuação da osteopatia na pediatria é feita por meio de técnicas de mobilizações específicas e suaves, muito diferente do tratamento para adultos. Permite o equilíbrio das tensões com ênfase nos diferentes tecidos (ossos, articulações, tendões, músculos, fáscias, órgãos) e sobretudo no sistema nervoso autónomo.